À saída da praia, a F acabara de negociar dois linguados belíssimos que levou para
casa. No final, havia um troco de 200 kwanza,
"não tem troco, mãe" então como fazemos? "leva lagosta,
mãe" tão pequeninas, tamanho gamba, uma não chega nem para a cova de um
dente, regateou, acabou levando três de troco.
Terra fantástica esta, em que o troco do
peixe é lagosta... Lá na minha terra, o máximo que me davam para acertar o
troco eram rebuçados ou pastilhas; nos correios davam selos, agora já nem isso
(também, pouca gente envia correspondência, né?) Bem vistas as coisas, a culpa
é dos cartões de plástico, acertam-se os centavos todos, não carece de
arredondar nada...
Das lagostinhas não soube mais,
foram para casa deles para aperitivo dos
linguados; entretanto o M aprovisionou na mesma ocasião a nossa casa com
quitetas, búzios e, sem surpresa, uns quilos de lagosta numa conta certa e dimensão mais respeitável. Uma vez por outra ir à praia não é só mar e sol, é também oportunidade
para acautelar o petisco de fim-de-semana para a pequena comunidade.
Ficaram bem os búzios com um
vinagrete (azeite, mostarda, limão, sal e pimenta, tudo qb,) uma gema de ovo
cozido a ajudar à consistência do molho, umas rodelas de cebola fininhas
(...íssimas) e uma salsinha picada. Como aperitivo para as lagostas...
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