sexta-feira, 18 de julho de 2014

Tempus Fugit

O que vale é que refrescou um bocadinho hoje. Sai uma pessoa dos confortáveis vinte e picos graus de Luanda para a pancada de trinta e muitos de Lisboa, só para me adaptar ao calor precisei de uma data de tempo, o que não ajuda quando se tem um plano de viagem apertado e os dias contados. O que vale é que o vinho verde geladinho ajuda a compensar o calor e a dor nas costas da viagem mal dormida; quanto ao tempo, pois, esse, não há como compensá-lo, pelo menos nesta dimensão e a esta velocidade...

Poderemos gerir melhor ou pior o que fazemos no tempo que nos cabe em sorte, mas o tempo, esse, não estica; não será constante da física, mas, visto daqui e agora, é a variável que não se administra. Há um conjunto de termos relacionados com a "gestão do tempo", "gastar tempo", "fazer a tempo", ter ou não ter tempo para isto ou para aquilo. É curioso verificar a quantidade de coisas que se conseguem fazer num determinado intervalo de tempo quando a motivação existe, a quantidade de coisas que conseguimos gerir ao mesmo tempo, as coisas afinal que controlamos, nunca o tempo, esse limita-se a passar por nós, e nós, no nosso espacinho, a ver e a fazer. Por muito apertado que seja o plano e por muitas coisas que se tenham de fazer ao mesmo tempo, há que encontrar espaço (ou tempo?) para escrever estas linhas, por exemplo. O tempo não vale pelo que fazemos dele, não se faz, é mais pelo que fazemos enquanto dura. Carpe diem.

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