Cheira bem, a pão acabado de cozer. Passa-se pela padaria da esquina a caminho da residencial e o cheiro a pão quente desperta logo o apetite para jantar… A esquina da padaria logo ao princípio da noite, na hora de vender a última fornada do dia, é um corrupio de gente, a pé, de carro ou mais de motocicleta, para comprar uns papo-secos quentinhos para o jantar. Acredito ser o pão possível e normalizado no país todo (imagino que seja feito com refinadíssima farinha importada), já enraizado nos hábitos do povo; e é isto, ou um meio desprezível pão de forma "enriquecido" e localmente empacotado. As fatias e as "carcaças" sempre serão mais versáteis que a chicuanga para fazer uma sandes, por exemplo, mas dieteticamente pouco recomendáveis, deixam saudades do pão de centeio lá da terra… Pois é, a torradinha do pequeno-almoço nunca será a mesma coisa aqui ou lá em casa, melhor comer mandioca, banana-pão, ginguba ou uma sopa na hora de matabichar. Salva-se o facto de o papo-seco ser bem temperado, hipertensão por causa do sal na comida não será propriamente a maior preocupação de saúde pública por estas bandas.
Por falar em comida, tenho comido pouco funje aqui, uma vez com um ocasional e saboroso calulu e foi tudo. Ainda não se vê a riqueza de oferta hoteleira de outras regiões, o lado bom é que não falta a água nem a cerveja… Ah, e as couves e as mangas e os abacates e os tomatinhos do Planalto, saborosos como sempre.
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