O funje de madioca, mais a moamba de óleo de ginguba, com "galinha dura" e quiabos. (Multibocas, Luanda) |
Por um lado, sempre achei a História mais uma curiosidade (ia dando para passar de ano) e verifico que, até agora, nunca tinha estado tão imerso no devir histórico, nas consequências de várias causas, no caso, africanas. Por outro lado, ao euzinho europeu ocidental perdido nas trivialidades desse lado do mundo, deu-lhe para abrir os olhos e a escrita ao resto, e logo aqui em Angola onde há tema com fartura, lá na terra já estava tudo muito visto.
São as trivialidades que se adentram, pois então, as coisas vulgares de todos os dias, como o gindungo omnipresente, os outros pimentos, o feijão de óleo de palma a acompanhar peixe frito eleito prato nacional, o funje, ou seja, a mandioca, o tomate, a batata, o feijão preto, o abacaxi/ananaz, o abacate, o mamão/papaia. Tudo brasileiro ou pelo menos americano, importado por portugueses. E há o batuque, jongo, samba, tudo angolano ou claramente africano, exportado por portugueses. Devem ter sido movimentados os séculos dezasseis, dezassete, dezoito, a rota era do reino para as Áfricas (nesse tempo parece que havia mais do que uma), a volta circulando pelo Brasil para aproveitar comércio, ventos e correntes. Ficou o sentido comercial, a troca da música por comida, um laço forte com o Brasil, um laço forte com os portugueses.
Curiosidade: em Angola não há hamburgueres Mc Donald’s. O povo angolano tem raízes tradicionais fortes, diz-se que uma análise do mercado feita há um par de anos demonstrou que o produto não era viável... Há coisas americanas que não pegam. Ainda.
ah, e ainda faltou o amendoim e a cana-de-açúcar, só para falar nos principais...
ResponderEliminarTem muito sabor e ritmo, só falta um pouco de cheiro...
ResponderEliminarMJ