É a Economia, Idiota!
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Cape Town, Long Street |
Sem sentimentos de culpa, pronto, confesso! Consegui endurecer o meu coração e não sentir remorso pela última série de cervejarias, hamburgueres, batatas frita, molho e mais molho, uma sucessão agravada de pils, lager, ale (um espectáculo a CBC pale ale), stout, weiss, e mais cascas de batata fritas, batata doce frita, e... ok, concedo, demasiados fritos, mas só à pressão contei vinte e cinco jolinhas diferentes, difícil ficar indiferente e não "dar uma" de Homer Simpson.
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Outra especialidade de Cape Town: Seals On Wheels |
Bem. convenhamos, para refrescar um quilinho de mexilhões à marinheira, e na generalidade para lubrificar as refeições mais convencionais (terá havido alguma?), a preferência foi para um vinhinho da região. Acho, sinceramente que os tintos sul-africanos estão, como direi, over-rated; sirah, pois, sim, merlot, han han, cabernet sauvignon e tal, mas na Província do Cabo, para mim os melhores têm sido os brancos. E não! não é nenhuma piada racial, refiro-me só aos vinhos mesmo, porque as pessoas são todas de uma simpatia que me assombra, delicia e a que não estou habituado: os capetownians de todas as cores são de outro (lado do) mundo mesmo. Só pode ser de ser o "país do arco-íris"; não sei como é que eles conseguem ser assim fixes e continuar a conduzir sistematicamente em contra-mão... e ainda por cima, não chulam o turista: para um mesmo nível ou padrão de serviços paga-se o mesmo na Long Street, no V&A Waterfront, em Hout Bay, ou em Simon`s Town. Até os
souvenirs parecem ter preços tabelados. Recordo com desagrado, por exemplo, a mesma garrafa de vinho de dois euros e meio em Portugal ser oferecida por cinco, quinze ou quarenta, consoante se a beba na Guarda, na Ericeira ou num tasco a armar ao pingarelho em Lisboa ou em Albufeira. Em CT surpreenderam-me a vender no restaurante praticamente ao mesmo preço do supermercado, que é ao mesmo preço da loja do produtor: isto cá para mim é incentivar o turismo, dar segurança ao cidadão, ter política de preços, protecção da cadeia de valor num negócio, fiscalidade ajustada. Aprenda quem deve, usufrua quem puder!
Uma para "curtir", por falar em fruir; numa cidade "ligada", uma nota bem humorada: "We have no wifi - Talk to each other - Pretend it's 1995" à entrada do VA Foodmarket, recomendável petisqueira multicultural.
Conversar uns com os outros e imaginar que estamos em 1995, pode aplicar-se perfeitamente ao disfuncional e geralmente avariado sistema de entretenimento dos 777 da TAAG. Para consolação ficam os
top of the class 86 cm entre bancos da turística, por aí tá-se bem.
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