quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Um Bocadinho Mais a Sul (II)

A Montanha e a Mesa

Frutado, não, muito frutado; aromas de manga, ananás, maracujá, kiwi, um toque de baunilha (da pipa de carvalho francês de grão médio, tosta ligeira, em segundo ou terceiro uso). Ah, sim, cor palha clara, limpido, perfeito. Fresco, um sabor que envolve, um fim de boca ligeiramente amadeirado, com um toque de alperce que perdura agradavelmente. Liga muito bem com o chocolate branco com uma raspinha de lima e alperce, uma agradável combinação  e uma agradável  surpresa, provar vinhos e chocolates escolhidos a condizer. O chardonay descrito e os outros vinhos todos, todos bons tirando alguns que eram excelentes, proporcionaram-nos um dia bem passado, na mais antiga região vinhateira do Cabo logo atrás da Table Mountain; a Sétima Maravilha da Natureza, a cidade servida a seus pés. Vistas soberbas, mais nuvem menos nuvem, o teleférico leva-nos ao topo dos seus mil e tal metros em 5 minutos panorâmicos, cuidado com os dassies, têm um ar de hamster fofinho e fazem companhia ao almoço, mas podem morder. A montanha omnipresente, transforma o clima imprevisível da península em algo parecido com a lotaria, ontem sol,  tarde calma, amenidades de fim de estação, hoje vento frio e uma carga de água, anoitecer frio de rachar. Nada que impeça a oferta turística, o trânsito caótico da hora de ponta, as várias "mecas" comerciais, a exuberante oferta gastronómica, afinal o clima único é o que define uma flora única numa região única, até para algumas infestantes como o pinheiro e a vitis vinifera... Ah, talvez seja isso tudo que ajuda a criar pessoas únicas, para o bem ou para o mal, esta terra também nisso tem sido fértil, de Klerk, Tutu, Mandela, só para lembrar alguns deste nosso tempo.
Já tinha referido que a montanha, esta tal Tafelberg, é a sétima maravilha?
Lion's Head, uma sombrinha da Robben Island e a Cidade, vistos da Mesa... 


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