Ao Fim e ao Cabo
Claramente há um "lado B" nesta Cape Town. Como em qualquer outra cidade. Logo à chegada o "tour" de avião sobrevoando os arredores e a baía a baixa altitude até ao alinhamento com o aeroporto, deixam perceber as diferentes texturas dos bairros e povoados, naturalmente habitadas por camadas de população bem diferenciadas.
Deambular pelas ruas do "lado A", pelo centro histórico, tem laivos de Holanda, ares da América dos arranha-céus, a marca britânica da condução pela esquerda, os passeios de tijolo vermelho, um profundo toque africano nas cores, nas gentes, na afabilidade do trato. Uma mistura única, genuína, enquadrada pela montanha estranha, pela baía, o porto, ah, e o Mar! Ou melhor, os mares, sempre ouvi dizer que há uma porção deles, aqui consta que se juntam dois oceanos e tudo...
Um dia destes vamos ao cabo, o propriamente dito, das tormentas da boa esperança. Por ora, para esquecer os (muitos e variados e adesivos) pedintes que nos topam à légua na nossa fé de turistas, nada como um bom par de exemplos de cozinha nacional, imbuidos como tudo o resto da misturada multinacional bem arreigada cá pela banda. E ainda por cima, por um preço bem em conta, sinais por todo o lado de uma economia bem viva, numa cidade limpa onde se está bem. Andava a precisar de mudar de ares, um sopro de civilização faz bem de vez em quando.
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