Choveu no Brasil
Estação propícia
A bola rola
Tem imensa gente seguindo os
jogos por aqui, a televisão estatal encarrega-se de transmitir uma data de encontros em sinal aberto para gáudio do povo. Ao cair da noite de jogo grande, no prédio do lado, nas arcadas junto à entrada, junta-se uma
pequena multidão à volta de uma televisão, cerveja, camisolas das selecções
favoritas. Tem gente em Angola torcendo por Portugal, pelo Brasil, contra o
Brasil, pelo Japão, pelos Camarões... Ouvem-se lá fora os gritos de goooolo!!,
aqui em casa a jogada ainda vai a meio mas já sabemos com vai acabar. Coisas do cabo. E ainda temos mais um bom
pretexto para fazer umas francesinhas ou um pica-pau e beber umas bjecas com os
amigos, pelo menos ao fim-de-semana. Ah, sim, já passou a fase da nostalgia em
que se pedia inevitavelmente Super Bock, quanto cerveja está-se (muito) bem com
a Cuca. Quanto aos jogos da selecção nacional, permito-me citar o treinador que
mais disputa o tempo de antena com o primeiro-ministro (creio mesmo que levará vantagem, o partido do governo nem consegue manipular decentemente a
informação e os media); agrada-me pensar que "ninguém ganha nada se não
houver vitórias".
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