Do outro lado da rua as quitandeiras têm banana, abacaxi, papaia, mamão, sape-sape, caju, mirangolo, abacate, manga e ainda não vi maboque, mas também a época está só a começar. A fruta do dia era boa, comeu-se... amanhã tenho de trazer mais. Não vale a pena pensar muito no preço, é certamente o dobro de qualquer outra província; dá sempre para "ajustar" o preço ou a quantidade. Tem de se escolher, conversar, até na rua a concorrência é grande. Quem der mais ou melhor, vende. Leis do mercado... Acaba-se comprando uma coisa de cada alguidar, mas no fim acaba tudo na mesma bolsa de plástico e o molho de notas amarrotado do bolso é dividido pelas partes interessadas sem confusão.
Os nossos legumes também andam muito preocupados com a ida do País aos Mercados. Mas a notícia do dia, era: A Cebola Mole foi à Missa, e levou a Nêspera e o Repolho. A Nêspera e o Repolho sentaram-se longe um do outro. A Cebola estava cheia da calor. Ora gaita.
Com o país feito num molho de bróculos, as finanças numa salsada, a vida não é pêra doce, mas na "silly season" não era de esperar grande coisa mesmo. Assim, metade dos tugas foram a banhos, para esquecer a batata quente. Nem o calor de ananases nem passar as passas do Algarve na fila interminável da estrada ou demoveu, imagino-os a voltar com ar de tomates maduros e a pelar que nem alhos, os cremes não funcionam com este tempo, muito menos os de cenoura, já sabemos. Simpáticos, os 25 graus de Luanda.
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