quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Sal

Não resisto a contar esta, apanhada no meio da conversa da treta com um companheiro de ocasião algures numa sala de espera do "4 de Fevereiro" em Luanda. Vendo-a pelo mesmo preço que a comprei, sem garantia...


Um grupo de técnicos estava em trabalho no Cacuaco (Luanda, a norte da cidade), logo após o final da guerra, numa visita guiada à refinaria e ao parque de combustíveis próximo; vários portugueses no grupo, falava-se de que em Angola tem de se importar tudo... Um dos tugas comentou à laia de exemplo que se viam por ali muitas salinas com ar abandonado, não valeria a pena estar a importar sal, deveria ser fácil continuar a produzi-lo... A resposta do guia angolano foi clara e espontânea, condicionada pelo vocabulário revolucionário em uso: “não estão a ser exploradas, porque os colonialistas quando saíram levaram as máquina e as matéria prima com eles!”.

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