domingo, 15 de maio de 2011

Domingo é dia de cozido


O planalto do Bié é... tem bué de plano. E é bué de grande, a perder de vista. Impressiona, tanta planura por todos os lados; ainda bem que há nuvens, sempre acrescentam alguma cor e ajudam a dar perspectiva ao cenário, senão ficava só a curva do horizonte em capim a perder de vista e azul do céu. Uma vez mais, lindo.
No Kuito há bié de lixo... Não é das cidades mais agradáveis do planalto, não. Sofreu bué com a guerra que foi do pior no Bié, pior que tudo no Kuito. As mazelas vêm-se, sentem-se, apesar dos sinais habituais de recuperação: jardim do centro arranjado, palácio restaurado, tem restaurantes, bancos, semáforos... Essas coisas das cidades. E há uma Churrasqueira na esquina, tem ar de ter mais restaurantes a seguir. Perguntamos a um moço com ar de funcionário onde há restaurantes, diz ele que "...a churrasqueira, sim..." torce o nariz "mas há outro, não sei bem o que lá diz, é na porta a seguir..." Vamos até lá, caminhamos mais uns metros no quarteirão, vem um tuga a sair de uma porta, perguntamos qual o mais “recomendável” (bem entendido, onde seja menor a probailidade de apanha uma diarreia. Sempre moem tantos avisos sobre a “segurança alimentar”). Era o proprietário, claro que não nos ia recomendar outro restaurante...
Ficamos mesmo ali.
Ao Domingo, em todo o lado é dia de cozido (“à portuguesa”, mas não se diz... fica só “cozido”). Estava muito bom, “com todos”; já tinha mencionado que as couves do planalto são muito boas? Pois são. E o resto dos legumes tabém, por sinal. E havia “musse de chocolate” e “musse de maracujá”. Quem provou achou excelentes. Os doces na generalidade são bons, por aqui há muitos gulosos.

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