quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Boas Festas!

É o que dizem todos, em qualquer circunstância. Basta às vezes um simples contacto visual, para aparecer uma mão estendida e um pedido explícito, implícito, apenas sugerido de... dinheiro. Da zungueira ao polícia, do puto ao crescido, de Cabinda ao Cunene, Boas Festas. Pois sim. Pelo menos nesta quadra não é preciso inventar desculpa, serviço, infracção, indigência ou necessidade súbita, a gente dá.
Dizia o P que "a estrada está boa", mas suspeito que desde o ano passado que ele não ia de Luanda ao Huambo. Os primeiros buracos "aparecem" bem antes do Dondo, só acabam perto do Waco Cungo. Mas continua a valer a pena atravessar o Kwanza e subir ao Planalto Central, passar um bocado de tempo nos parques e jardins do Huambo. Amplas avenidas cheias de motociclistas, mais só na Ásia, há sempre um lugar para estacionar em frente ao destino. Pena a recuperação da cidade e dos espaços públicos continuar a passo de caracol, há qualidade de vida, pois, mas sem a qualidade devida. Poucas diferenças, portanto, nos últimos três ou quatro anos. Novos, são os buracos na estrada, agradáveis os ares do planalto, sem buracos a estrada para Benguela, só atrapalha e demora ter que se ir dando "boas festas" de vez em quando. Benguela de entrada arranjada, cosmopolita, Lobito, restinga, praia e petisqueira a caminho do Ano Novo.

Dizia alguém que o problema das estradas angolanas é que uma pessoa se farta de pagar "portagens" e ninguém as arranja como deve ser...

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