É o que dizem todos, em qualquer
circunstância. Basta às vezes um simples contacto visual, para aparecer uma mão
estendida e um pedido explícito, implícito, apenas sugerido de... dinheiro. Da
zungueira ao polícia, do puto ao crescido, de Cabinda ao Cunene, Boas Festas.
Pois sim. Pelo menos nesta quadra não é preciso inventar desculpa, serviço,
infracção, indigência ou necessidade súbita, a gente dá.
Dizia o P que "a estrada
está boa", mas suspeito que desde o ano passado que ele não ia de Luanda
ao Huambo. Os primeiros buracos "aparecem" bem antes do Dondo, só
acabam perto do Waco Cungo. Mas continua a valer a pena atravessar o Kwanza e subir
ao Planalto Central, passar um bocado de tempo nos parques e jardins do Huambo.
Amplas avenidas cheias de motociclistas, mais só na Ásia, há sempre um lugar
para estacionar em frente ao destino. Pena a recuperação da cidade e dos
espaços públicos continuar a passo de caracol, há qualidade de vida, pois, mas
sem a qualidade devida. Poucas diferenças, portanto, nos últimos três ou quatro
anos. Novos, são os buracos na estrada, agradáveis os ares do planalto, sem
buracos a estrada para Benguela, só atrapalha e demora ter que se ir dando
"boas festas" de vez em quando. Benguela de entrada arranjada,
cosmopolita, Lobito, restinga, praia e petisqueira a caminho do Ano Novo.
Dizia alguém que o problema das
estradas angolanas é que uma pessoa se farta de pagar "portagens" e ninguém
as arranja como deve ser...
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