Uma coisa fixe no A330 da TAP são os LCDzinhos individuais, em vez dos bajolos suspensos aqui e ali do A340... Bué filmes, informação de voo, jogos, e uma série de etc. para entreter os passageiros. Isso, o cafézinho e alguma comidinha tragável, entretêm o corpo e distraem o espírito da monotonia das sete horas de banco-classe-turística-acanhadinho, que nem a almofadinha e o cobertor conseguem realmente amenizar.
Mas já vamos a caminho de Lisboa, Luanda lá ficou no fim do cacimbo, a época das chuvas a dar sinal de começar. De Angola, fica uma boa impressão de que as coisas vão melhorando e ficando mais eficientes, como no "4 de Fevereiro Airport", porta de entrada (e de saída…) confortável q.b., sem filas de assinalar, sem burocracias "adicionais", curiosamente desta vez até sem mosquitos.
Volto de um país em construção acelerada, em progresso constante por vezes demasiado controlado, para o meu país em desconstrução e desaceleração económica descontrolada. Não sei o que me espera, é essa a parte gira da vida, mas fico com vontade de voltar a Angola, quem sabe se de ir para Angola. Somos assim, há coisas que se amam ou se odeiam…
Apagaram as luzes, da cabina, corremos as persianas das janelas, lá fora estão -58ºC e a África equatorial vai fugindo de nós a oitocentos e tal quilómetros à hora; esperam que repousemos um pouco, o almoço será servido "o mais próximo possível de Lisboa" segundo informou amável a supervisora de cabine. Provavelmente entre o Sahara e o Algarve… Como dizia "o outro", a vida é curta, vou comer a sobremesa primeiro.
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